E foi assim que as Mondeguinas conquistaram a capital...
E a minha terra é a capital/ Dela sempre vou gostar/ tem o rio Tejo/ E fica à beira-mar ma ma ma ma ma ma ma ma;
Tem um farol/Praias de areia/A igreja nova/ E o museu da baleia ia ia ia ia ia ia ia ia!
Foi com esta música que demos início ao nosso fim-de-semana na cidade das 7 colinas.
Já estava escuro quando nos encontrámos todas na estação, de malas e bagagens (e sacos-cama!), prontas para levarmos um pouco de Coimbra até à capital! Depois de abraços, beijinhos e sorrisos, lá entrámos no comboio e nos sentámos, refasteladas, a comermos a merenda. Era ver a Blue a distribuir comida por toda a gente, o ovo da baguete gigante da Mary a saltar por todos os lados (note-se: da segunda baguete gigante, porque a nossa Mondonga é uma mulher de muito sustento!:P) e a Pimpy a fazer versos sobre as suas bolachas Maria. Depois, começou a música e a alegria, que não parou até chegarmos à Gare do Oriente. Aí, a vontade de ir para a festa era tanta, que a Pimpy nem olhou para trás, e quando deu conta, a sua mochila já estava em Sta. Apolónia! Assim, enquanto umas se dirigiram para o alojamento que nos estava destinado (o quartel dos bombeiros sapadores de Chelas!), outras foram em busca da mochila perdida.
No quartel, tínhamos uma acividade preparada para nós: explorar o tecto dos 20 beliches que enchiam a camarata. A cada uma de nós tinha sido deixado um bilhete, escrito à mão pelos senhores bombeiros que lá tinham estado, a desejar uma boa estadia e a apelar às boas relações entre todos, visto que alguns deixaram o e-mail e o n.º de telemóvel!
Entretanto, o grupo da “mochila perdida” tardava a chegar... Teriam tido problemas em encontrar a mochila? Nada disso: a culpa era do pneu, que tinha furado. E quem é que teve a audácia de o mudar? Nem mais nem menos que a nossa Dulci! Ah, mulher desenrascada!
Fomos finalmente para os copos e melhor não podia ter sido o sítio escolhido – a Real República de Coimbra! Que poderíamos querer mais do que uma boa tasca coimbrã, com “finos” (e não “imperiais”), Super Bock (e não Sagres – perdoem-me, mas não posso deixar de manifestar aqui as minhas preferências pessoais! :P), a 0.60€??? Foi o mote ideal para dar início a uma longa noite de música, risos e alegria, (isso e os shots que frequentemente se bebíam ao balcão!), que só acabou porque o bar teve de fechar!
No dia seguinte, acordámos todas às 10h da manhã, porque a Rennie não gostava de se sentir sozinha e não descansou enquanto não pôs toda a gente a pé! Embora sonolentas e com alguns efeitos secundários resultantes da ingestão de líquidos na noite anterior (leia-se ressaca), lá fomos para a ESEL. O almoço na cantina voltou a dar-nos força e depressa o ânimo voltou. Descobrimos que tinha sido a Tisha a ressonar...upps...a Vânia, digo, e que alguém (eu!) tinha, estupidamente, tomado banho de água fria, quando bastava carregar num botãozinho vermelho para ligar a àgua quente!
Logo de seguida deram-nos uma sala com mesas e cadeiras almofadadas onde pensámos em “arrochar”, plano depressa abandonado quando nos foi comunicado que a Pimpy e a Tau-Tau tinham “achado” uma garrafa de Bailey’s. Assim, preenchemos a tarde com garrafinhas de “leite com café” e uma aula de arbustagem, onde foram abordadas várias àreas da arbustologia pelos respectivos profissionais. A professora Vegeta explicou o que era um arbusto, como se distinguia de um Bon(m)sai, o que fazer às ervas daninhas e agendou uma visita de estudo para a noite. Os rapazes da turma também participaram e portaram-se lindamente (como de resto, em tudo!:)).
No tempo de recreio, tivemos ainda a oportunidade de participar nos jogos tradicionais. A Rennie e a Blue arrasaram e ganharam o nosso 1º prémio da noite!
Ao jantar (espertas! ;)), tinham já chegado os 1ºs reforços que não tinham podido vir no dia anterior e, logo depois, as restantes. Com o grupo completo, tínhamos tudo para que fosse perfeito! E foi!
Fomos a primeira tuna a actuar e melhor não podia ter sido! Na plateia estavam as nossas queridas caloiras que gritavam por nós e levantavam cartazes que diziam coisas como “Por um arbusto, vota Mondeguinas!” ou “I Love Mondeguinas!”; os nossos queridos guias (Fouto, Ricardo e Nuno) davam-nos força; e o público conquistava-nos com a sua simpatia. E nós, afinadas, com os malmequeres a enfeitarem os sorrisos, demos o nosso melhor! E nem o nervoso miudinho que antecedeu a nossa interpretação da “Cirigoça” conseguiu tirar-nos o fôlego! Saímos do palco felizes e mal chegámos ao corredor, a 1ª coisa que fizemos foi lançar o nosso grito de guerra: “E as Mondeguinas! Uh uh uh uh uh!”.
O resto do festival decorreu sempre com muito boa disposição, entre gritos de incentivo, maestros a dirigir instrumentais e o passo em frente ao palco.
Mas finalmente chegava o grande momento. A ansiedade sentia-se no bater do coração e o silêncio enchia a sala.
E o prémio melhor “Cirigoça” vai para... as MONDEGUINAS! E aí deu-se uma explosão de gritos e risos e saltos e alegria. O nosso esforço tinha sido recompensado. E ainda estávamos a festejar este prémio, quando foi anunciado outro! Não sabíamos de quê, mas que importava? E as Mondeguinas! Uh uh uh uh uh! Era de Tuna + Tuna. Por fim, o último prémio: Melhor Tuna. Mais uma vez o silêncio. E mais uma vez explodimos de alegria! As Mondeguinas eram a melhor tuna! Descemos feitas loucas pelas escadas até ao palco onde nos atirámos à Jones e nos unimos num mega abraço comum, cheio de alegria, cumplicidade e amizade. Isto é ser Mondeguina!
Seguiu-se a festa na ESEL, com karaoke, onde reinou o companheirismo entre as várias tunas, que partilharam canções no palco. Às 4h da manhã a cerveja acabou, mas melhor serão nos esperava nas camaratas: numa verdadeira reunião de amigos, juntámo-nos nós e os nossos guias a comer, beber e a contar anedotas estúpidas sobre headphones em dedos da mão. Foi uma noite em cheio!
Às 7h, apesar de não apetecer, chegava a hora de nos prepararmos para deixar Lisboa. Os nossos guias foram connosco à estação e ainda deu tempo para cantarmos mais 20 vezes “o museu da baleia” (para o caso de alguém já se ter esquecido! Lol!).
Voltámos para Coimbra cansadas, mas certas que é por momentos destes que vale a pena ter entrado nas Mondeguinas e lá permanecer todos estes anos. É uma honra e um orgulho fazer parte desta família e partilhar a música, o coração, a vida, com vocês!
E venha o próximo! :)
Fabi*
Ps – ESCUTA! Os nossos guias são o trio ideal!! No Tej&Tunas uns amigos sem igual :) Obrigada aos nossos guias (porque se houvesse prémio para melhores guias era vosso com toda a certeza) e um beijinho muito especial para a EST’ES LA TUNA!! Parabéns pelo vosso 12º aniversário e pela fantástica organização. Até sempre
Vídeo by Mary