III Serenatas ao Berço - Mortas mas histéricas

Quando saímos do festival e a Sumaf se sai, à uma da manhã, com um: “oh meninas, estamos mortas… Mas histéricas!” não pude deixar de sentir que aquela seria a expressão da minha noite… (essa e outra… mas “é a loucura” não fica bem para título de um post… :)

Saímos de Coimbra animadamente distribuídas pelos carros (sendo um deles o da nossa Sirigaita que não podendo estar presente manda o carro no lugar dela :)), cada qual a fazer maior estrilho… (é que foi mesmo “à gajas”..) E alguém ligou a dizer “Depressa, depressa, 105.0!!” e ligamos a rádio para ouvir Tony Carreira!!! “Já tínhamos os cartazes e o histerismo feminino típico, mas só na altura é que pareceu MESMO que íamos para o concerto!”!!! eheh :)
Era ver um carro branco a tirar fotografias no banco de trás, eram lenços cor-de-laranja a abanar ao vento, eram telefonemas só para dizer barbaridades (vivam os moches e as pessoas extravaganza!)… Enfim, era a loucura no seu estado (demente) pleno! :)

Chegadas a Guimarães, e depois de deixar o barrigão feliz na restauração de um belo centro comercial, deixámos a tralha na residência (um quarto para todas nós! Foi a loucura!!!!) e rumámos ao C.U. (café universidade) onde convivemos, bebemos, fizemos o passo, conhecemos os guias (Petromax, MP e Licho) e fizemos músicas para eles… enfim, mais uma vez… foi a loucura! :)

Daí fomos para o centro histórico para fazer serenatas a senhoras-que-regam-plantas-e-fogem-ao-nos-ouvir (bem, antes isto que levar com um jarro de água em cima!!), a casais de velhotes apaixonados (foi tão lindo!), a donos de bares (Paraxut) que nos forram o estômago antes mesmo do jantar e a esplanadas inteiras só porque sim… :)
E apesar do cansaço nesta altura já ser muito, lá voltámos à Universidade do Minho onde fomos jantar e daí seguimos para o auditório…

Afinámos instrumentos, vozes, laços de amizade e olhares cúmplices enquanto esperávamos pela nossa subida a palco… E estávamos nós em desespero (porque a água não aquecia a voz) quando surge, qual Dom Sebastião no meio do nevoeiro!, a nossa Clara-mamã com uma garrafa de vinho!!! Soube-nos a… vinho! E que bem que soube!! Era o empurrãozinho que precisávamos para subir a palco! E assim subimos a palco… E assim sorrimos, cantámos, tocámos… E assim o público nos dedicou uma música do Vitória!!... E assim saímos com o Xiripiti de palco… E assim estávamos: histéricas! :)

Depois foi a temida (ou não!) altura de receber os prémios… Ganhámos "Melhor Serenata", "Melhor Tuna" e, mais tarde, o "Tuna mais Tuna"… Mas acima de tudo ganhámos uma noite incrível!! Não, não foi pelo strip masculino, nem pela cerveja-que-adornava-um-certo-corpo, nem muito menos pela Mary e Obué em cima de uma coluna… Mas foi uma noite incrível porque estávamos juntas… Cada uma no seu mundo, mas juntas num mundo bem mondeguínico!

No domingo lá saímos da residência à hora (mais ou menos) prevista e fomos tomar o pequeno-almoço ao centro da cidade… E mais uma vez demos alma à voz e voz à alma para agradecer os croissants-fantásticos e os sumos-miminhos que nos deram naquela pastelaria!!!
Seguiu-se mais um almoço… Na companhia da família da Mary (e que família fantástica!!) em que não faltou nada! Nem conversa, nem música, nem crianças com covinhas a jogar futebol e muito menos faltou comida! Estava tudo tão delicioso!

E depois foi a vez de irmos ao Chez Tony Bar para nos deixarmos encantar pelas pessoas de Nespereira... Porque não fomos nós a encanta-las a elas com a nossa música, mas elas a encantarem-nos a nós com a sua maneira de ser e de estar!!!

E pronto, foi assim que se passou mais um festival, mais um convívio, mais um encontro de tunas, mais um momento de estreitamento de laços de amizade que são cada vez mais fortes…
E para a semana é em Évora!!! :)

Assim me despeço, sempre!, com amizade,
Indie*

P.S. E segundo a Sumaf “HÁ PROVAS IRREFUTÁVEIS! A Carlota teve arbusto!” :D

Vídeo by Mary

In Vino Veritas vs. Mondeguinas - o jantar

“Vem meu anjo…”
Cá para nós, esta letra devia ser mudada… A verdade é que de cada vez que entramos na sala de ensaios da Imperial Tertúlia In Vino Veritas sentimos um carinho, uma camaradagem e um “apadrinhamento” tão grande que quase que os ouvimos cantar “Venham mondeguinas conviver connosco”... eheh :)
(métrica perfeita… ou não.. muito não...:p!!)

Neste sábado nem éramos muitos… Mas três guitarras, vários bandolins, uma flauta e um bombo-caixa-de-bandolim foram o suficiente para animar a noite… A fogueira típica de qualquer reunião de amigos foi trocada por uma mesa com um balde de sangria (e que sangria!), as febras grelhadas foram trocadas por febras cozidas muito bem temperadas (made by In Vino… Para todos os descrentes, nós comprovamos! :)) mas o espírito, esse é inigualável e não foi trocado por nada! :)
Num estilo bem português de ora-toco-eu, ora-tocas-tu a noite foi começando a ficar mais quente e a certa altura já ninguém sabia se a música era deles, se era nossa… As vozes misturadas e os sorrisos partilhados foram presença constante! E demos voz a tudo... Ao nosso reportório integral, ao deles… E claro que a certa altura, porque já é quase tradição, demos por nós a cantar o “Super fantástico”, a “Dona Lua”, entre outras.. :)
Com algum esforço lá saíram umas músicas mais à capela da nossa parte (nem sempre bem bem no tom certo, mas curiosamente sempre com uma ou duas violas “in vin-escas” que nos conseguiam acompanhar) e umas mais marcantes da parte deles (sempre com o nosso acompanhamento.. nem que fosse só com o passo!)…

De facto foi mais uma daquelas noites que nos enriquecem e trazem uma pontinha de saudade ao recordar (a sangria, claro!)... São momentos assim que nos fazem dizer de sorriso aberto e com muito orgulho “Quem são os nossos padrinhos? A Imperial Tertúlia In Vino Veritas!!”...
E como dizemos sempre no dia a seguir: “Venham mais noites destas!”

Assim me despeço, sempre!, com amizade
Indie*