sábado, 23 de fevereiro de 2013

Por tudo, Obué!



A vida não pára! A Terra não deixa de andar à volta do Sol, o rio não deixa de correr para o mar, as cidades não deixam de crescer e as pessoas não deixam de envelhecer. A vida é mesmo assim, é feita de mudanças.

Este momento é a marca de mais uma mudança na tua vida: Deixaste de ser estudante de arquitetura e passaste a ter o estatuto de arquitecta  E nós, nós aqui estamos muito orgulhosas por ti e queremos dar-te os parabéns por esta tua vitória.

As mudanças não são fáceis, custa deixar os sítios onde estávamos habituados a estar e as coisas que estávamos habituados a fazer. É por isso que estes momentos são importantes. São importantes para recordar o que de melhor e de pior se viveu, porque esta retrospecção faz-nos sentir mais preparadas para dar o novo passo. Então, nestes momentos, vem-nos à memória um conjunto de imagens da nossa vida de estudante universitário, como se fosse uma realidade já distante. A Universidade não forma só doutores e engenheiros, forma pessoas, e por isso, fora das aulas, dos exames e das noites em branco a acabar projectos, há toda uma vida a acontecer tão ou mais importante que o resto. E é aqui que nós entramos, porque foi aqui que nos encontrámos. E então recordamos a música, as notas melodiosas e também aquelas que saíam ao lado; os ensaios na Casa da Cultura e os momentos mais descontraídos no Couraça; o nervoso miudinho antes das actuações mais importantes e os sorrisos na cara quando, em palco ou no meio da rua, mostramos aquilo que tanto gostamos de fazer; os copos de plástico ora cheios, ora vazios; galinhas pernetas, caloiras a fazer o passo; momentos em que brilhámos, mas também aqueles em que fizemos asneiras. E tudo isto fica carinhosamente registado na memória para que possamos voltar a relembrar mais tarde.

Nós por aqui vamos continuar a mostrar ao mundo quem são as Mondeguinas, não da forma que tu mostraste, mas garantidamente com a paixão que nos transmitiste. E recordamos sempre uma Obué com a sua flauta transversal, a capa rasgada ao meio, mas sempre “vestida” de uma forma tal que ninguém se apercebia e um malmequer na orelha que diz muito da dedicação e o amor que sempre tiveste pelo grupo e que é para nós uma grande referência.

Foste Sílfide, Ondina, Mondeguina, foste artístico e foste Mondonga e agora ganhaste escamas e és mais uma Sereia desta grande família. Porque é mesmo assim… A vida não pára! A Terra não deixa de andar à volta do Sol, o rio não deixa de correr para o mar, as cidades não deixam de crescer e as pessoas não deixam de envelhecer. A vida é feita de mudanças.

Um grande beijinho e as maiores felicidades,
Tricana