domingo, 11 de março de 2012

"Assim me despeço, sempre!, com amizade, Indie* "



Tenho que começar este texto com um pedido de desculpas! Já passaram dois meses e eu sem ter escrito isto, apesar de pensar todos os dias neste texto.

No fundo não é fácil e talvez nem devesse ser eu a escreve-lo. Mas quis ser eu, por razões que vais perceber quando leres até ao fim.
Estas palavras são para ti Indira, Drª Marta Brás!

O dia do rasganço, eu posso apenas imaginar que seja um turbilhão de emoções. Tantos risos como lágrimas, mas que vale a pena. Deixar um pedacinho do traje que te acompanhou em tantas aventuras. Realmente, “ficas tu por ai”.

Eu não estive presente no teu rasganço, o dia que te despediste de Coimbra aos olhos de estudante. Mas no meu coração estive lá. Porquê? Porque pessoas especiais, apesar de longe, levamo-las sempre connosco.

E é assim que tu levas as Mondeguinas. Não vais estar lá, mas é como se nunca partisses.
Descobriste, como todas nós, um grupo de amigas, que estão sempre para ti, no bom, no mau.

Dedilhando as cordas da tua guitarra, tocaste sonhos e melodias mágicas que acompanharão a tua vida. Cantaste ao vento as mais belas canções de vida que cimentaram amizades e tantas histórias que vais contar e recordar com ternura e saudade.

Nos maus momentos, encontraste conforto. Um porto de abrigo onde todos os problemas se evaporam e é como um novo começo.

Agora és sereia mas sabes que, a partir do dia em que entraste na Casa da Cultura és Mondeguina sempre. O malmequer vai estar sempre lá, todas nós vamos estar sempre lá.
E todas as vezes que voltarmos a esta cidade fantástica, vamos cantar e tocar a saudade e celebrar a amizade que une um grupo que muda a nossa vida! Os disparates tão espontâneos e divertidos, longas conversas em que nos perdemos no tempo, entre um copo e outro, mais uma música, mais um sonho!

Indira, és um exemplo de Mondeguina, alguém que de tão simples e delicada consegue ser grandiosa e uma grande mulher. E agora despedes-te, “sempre com amizade, Indie!”
Resta-me desejar que a tua vida seja tudo o que sempre desejaste. No que conta às Mondeguinas, são para ti!

E desculpa todos os ensaios em que aturaste a minha flautinha irritante, mas se não fosse assim, era menos uma história para contar!

Beijinhos e saudades sempre,
Rato *