Rumo a Lisboa no primeiro malmequer!

Já brilhava o sol, no sábado de madrugada (pronto, às 9h57, que para mim também é plena madrugada) quando com entusiasmo “os Malmequeres de Mondeguinas nos seus caules”se encontraram na estação de Coimbra B para mais uma aventura.:)

Desta vez para O festival da Lusitana :)

Em viagem foi difícil silenciar-lhes a vontade de cantar e encantar mesmo depois do revisor ter tentado, já que no comboio se encontravam passageiros regulares, uns com ar agradado outros com ar de pânico (por ver tantos malmequeres à solta). Porém, lá conseguimos agradar e não perturbar os “acompanhantes de carruagem” dadas as sonoridades dos instrumentos dos “Malmequeres” e as capacidades das Mondeguinas em tocar e cantar harmoniosamente os versos que outrora foram desabafos de sentimentos portugueses!

Chegados a Lisboa deparamo-nos com uma recepção calorosa (ou melhor, duas)!

A primeira esteve a cargo dos nossos guias que ficaram, desde então, responsáveis pelo acompanhamento dos Malmequeres e suas donzelas; a segunda foi da responsabilidade do Sr. Anónimo que nos presenteou com três surpresas: dançou, fez malabarismos na sua bicicleta e tentou roubar um beijo a um malmequer, (esta terceira correu-lhe pior). Mas foi com agrado que, de seguida, lhe cantamos uma modinha, mais não fosse para também o presentear a ele e a Lisboa com a nossa boa disposição, melodia e afinação. :)

Foi então que conhecemos o Sr. Zé, o motorista que também foi um verdadeiro artista em suportar a energia dos Malmequeres.

Chegou-se a hora de almoço onde, como sempre, enchemos os espaços de boa disposição música, união e recompusemos com boa comida (e com a já tradicional bebida de festival) os espaços já famintos dos nossos estômagos!

Daqui partimos então de malmequeres em riste, com o Sr. Zé e restantes tunas para o local onde nos esperavam umas criativas e animadas provas. Como não podia deixar de ser respondemos a esta actividade da forma mais espontânea que temos: alegres, unidas, afinadas, “bebidas” e com uma dose saudável de insanidade mental. :)

Com o pôr-do-sol e a chegada das estrelas aí vão elas! Desta vez os Malmequeres dão alma e emoção às Mondeguinas que transportam em seus caules. E depois de uma bela refeição dá-se início ao “sonho”, onde Mondeguinas e restantes tunas “põem” a alma nas vozes e instrumentos, alegria nos sorrisos e cumplicidade nos olhares enchendo a Aula Magna de encanto e magia! Aí fomos contempladas com os prémios de “Tuna Mais Tuna”e”Melhor Original”.

Ora, como habitual, a noite também nos pertence seja onde for e assim fomos festejar os prémios conseguidos e, ainda mais que isso, o facto de estarmos com espíritos embebidos de alegria. :)

Não foi fácil para o Sr. Zé abandonar a Aula Magna mas novamente os Malmequeres de Mondeguinas em seus caules trataram de improvisar o ambiente envolvente, com várias sonoridades, uma delas o novo hit “levar no bumbum mata” e, de novo, como se ainda estivesse no começo do “sonho” fomos para as docas para mais um encontro, para mais um convívio, para mais uns brindes, uns cantares e encantares.

Esgotados pelo cansaço regressámos aos nossos aposentos onde repousámos e reconquistámos a energia e alegria para um novo dia! Este começou com pastéis de Belém e o cafezinho matinal para nos preparar, desta vez, para o regresso ao nosso lugar, “Lar doce Lar”, a Coimbra do Mondego onde cada Malmequer sossega as desventuras dos amores a que se entrega, e por um novo encontro de tunas espera.

Rennie